Protecção
dos refugiados
Acesso a asilo: A lei consagra a concessão de
asilo ou estatuto de refugiado, e o governo criou um sistema de protecção aos
refugiados. O governo disponibilizou protecção contra a expulsão ou repatriação
de refugiados para países onde a sua vida ou liberdade seriam ameaçadas em
virtude da sua raça, religião, nacionalidade, filiação num grupo social
específico ou opinião política.
O governo permitiu também a triagem
de potenciais requerentes de asilo. De acordo com os dados que o ACNUR divulgou
em Junho, o país tinha quase 4.500 refugiados e 11.500 requerentes de asilo. De
modo geral, o governo cooperou com o ACNUR e outras organizações humanitárias
na assistência a refugiados e requerentes de asilo. Este enfrentou grandes
volumes no processamento e na gestão de requerentes de asilo e estatuto de
refugiado e atrasos em virtude da falta de recursos, pessoal e capacitação. O
ACNUR informou que muitos requerentes de asilo aguardaram vários anos até lhes
ser concedido o estatuto de refugiado, incluindo alguns casos excepcionais nos
quais a espera excedeu 10 anos. Na tentativa de reduzir os atrasos, em Junho a
Comissão Consultiva para os Refugiados enviou para aprovação mais de 800
pedidos de asilo.
Abuso de refugiados: Houve alguns
relatos de abusos de refugiados e migrantes por parte das forças de segurança.
Soluções duradouras: O governo
trabalhou em estreita colaboração com o ACNUR para implementar um programa de
integração local para refugiados, principalmente os da Somália, Etiópia e
Região dos Grandes Lagos, no campo de Maratane, na província de Nampula. De
acordo com o ACNUR, residiam no campo de Maratane em Julho, 2.350 requerentes
de asilo e 6.125 refugiados, enquanto uma quantidade estimada de 7.500
refugiados e requerentes de asilo residiam fora do acampamento, noutras áreas
do país, a maioria dos quais se presumia serem auto-suficientes. A gestão
inadequada de entregas de alimentos por parte do governo provocou a falta de
alimentos no campo de Maratane em Janeiro, Maio e Junho, o que levou o ACNUR a
aumentar o seu apoio.
Protecção temporária: Durante o ano
o governo ofereceu, no campo de Maratane, protecção temporária a vários
milhares de pessoas que talvez não se qualifiquem como refugiados.
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