Abuso de crianças: A maioria dos casos de abuso de
crianças envolvia abuso sexual ou físico. O abuso sexual nas escolas e no lar
foi um problema crescente. Houve relatos da imprensa e das ONG sobre a grande
quantidade de raparigas em idade escolar secundária que eram coagidas a ter
relações sexuais pelos seus professores a fim de passar de classe. A UNICEF
divulgou que 8% dos alunos do ensino primário foram vítimas de abuso sexual e
outros 35% foram vítimas de assédio sexual. Em 2012 a LDH divulgou que havia
muitos processos judiciais e várias condenações por assédio e abuso sexual por
parte dos professores durante o ano, mas não pôde fornecer números.
Embora o governo tenha continuado a
salientar a importância dos direitos e do bem-estar das crianças, continuaram a
verificar-se grandes problemas. Uma lei sobre a protecção da criança de 2008
contém secções que tratam da protecção contra o abuso físico e sexual, da
retirada das crianças de pais que sejam incapazes de as defender, assistir, e
educar, assim como da criação de tribunais de menores para lidar com questões
de adopção, manutenção e regulação do poder paternal. Os tribunais de menores
resolveram muitos casos relacionados com o sustento dos filhos após o divórcio
ou o fim de uma relação.
Os órfãos e as crianças vulneráveis
continuaram expostos a um elevado risco de abuso. Muitos órgãos do governo,
nomeadamente o Ministério da Saúde e o Ministério da Mulher e Acção Social,
implementaram programas de prestação de assistência à saúde e formação
vocacional para órfãos portadores do VIH/SIDA e outras crianças vulneráveis. O
Ministério da Mulher e Acção Social continuou com o seu programa de resgate de
órfãos abandonados e ajuda às mães solteiras que encabeçavam famílias de três
ou mais pessoas, mas o seu âmbito de acção era limitado pela falta de
financiamento. Também ofereceu aulas especiais nas escolas locais para crianças
de lares desagregados.
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